Em 10 de setembro é observado o
Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. A data foi criada em 2003, pela
Associação Internacional para a Prevenção ao Suicídio e pela Organização Mundial
da Saúde (OMS), motivadas em prevenir o ato de suicídio, através de estratégias
governamentais.
Em 2019, a OMS publicou seu, até
então, último relatório, onde informou que, por ano, 800 mil pessoas tiram suas
vidas em todo o mundo, ou seja, uma pessoa a cada 40 segundos. Junto a isso,
ainda foi identificado que o suicídio tem maior incidência em países de baixa e
média renda, atingindo mais aos homens, no geral, e sendo
a segunda maior causa de morte entre os jovens de 15 a 24 anos.
Os dados preocupantes alertam
para a necessidade, senão obrigação, de se olhar no mínimo com cuidado especial
para essa situação. Um bom começo, falando por uma perspectiva mais geral, pode
ser dado a partir da criação de políticas que conscientizem a população sobre o
assunto.
Mas, dentro de todas essas
questões, uma dúvida é pertinente: como saber se uma pessoa está envolvida em
desejos de acabar com sua vida? A resposta para este questionamento traz a
importância da psicologia nesse tema.
Para a psicóloga e parceira da
Acalentar, Ana Lucia Herreiro, é difícil acusar um motivo para a escolha do ato
de suicídio, porque ele é, na verdade, embasado por uma série de problemas de
importância relacionada ao particular de cada um.
O primordial aqui não é tentar
obter o controle da vida dessas pessoas, mas sim procurar fazer com que elas se
sintam ouvidas e levadas a sério, incentivando-as ao desejo de se estar vivas,
de acordo com Ana Lucia. E isso é um papel que demanda desde o psicólogo, até,
principalmente, familiares e amigos próximos.
Todos os anos, junto à data
mundial específica de prevenção do suicídio, o 10 de setembro, temos o
“Setembro Amarelo”, campanha também voltada para a prevenção desse ato. A
Linha-4 do metrô de São Paulo, esse ano, personalizará o chamado “vagão do
acolhimento”, com o intuito de mostrar e conscientizar as pessoas sobre o quão
grave e incapacitante um distúrbio psicológico pode ser.
É natural que essas medidas sejam
aplicadas nesse mês, quando o assunto está mais evidente, devido à data
proposta pela OMS e pela Associação Internacional de Prevenção do Suicídio. Mas
é importante se ter em mente que todo o aprendizado e empatia adquiridos não
devem se limitar a essa época do ano, mas sim serem repassados por toda a vida.
Artigo escrito por Kauany Schoedl, voluntária de Comunicação da AMO Acalentar.