domingo, 20 de dezembro de 2020
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
terça-feira, 15 de setembro de 2020
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
10 de setembro: Dia Mundial da Prenvenção do Suicídio
sexta-feira, 4 de setembro de 2020
Expressão do receptor de células natural killer(ou células natural NK) na endometriose
O que os sinais das células natural killer revelam sobre a endometriose?
Principais observações:
Alterações na expressão de receptores ativadores
de células natural killer (NK) sugerem que a endometriose pode estar
relacionada a alterações no sistema imunológico local. Alterações na expressão
dos receptores das células natural killer (NK) e seus ligantes podem auxiliar
no melhor entendimento da patogênese da endometriose, tendo portanto impacto na
terapia.
Esse estudo científico foi feito com mulheres
portadoras de endometriose ovariana e que portanto participaram dos controles
científicos.
A expressão de receptores de células citotóxicas
naturais e NKG2D, um receptor transmembranar em células NK naturais, foram
examinados no sangue periférico, fluido peritoneal e em células endometriais.
As células endometriais foram coletadas do
endométrio eutópico de pacientes com e sem endometriose e de tecidos
endometrióticos.
No sangue periférico, a expressão de receptores
de células citotóxicas nas células NK da endometriose foram reduzidas e a
expressão de NKp46 foram aumentadas, na comparação dos controles científicos.
O ligante para NKG2D, expressão da proteína
ULBP-2 nas células endometriais eutópicas da endometriose foi inferior à
expressão nas células endometriais ectópicas da endometriose e nas células
endometriais eutópicas do controle científico.
Outro ligante, a expressão de ULBP-3 em células
endometriais ectópicas foi menor do que nas células endometriais eutópicas com
ou sem endometriose.
O estudo é limitado pelo pequeno número de
amostras estudadas e marcadores de superfície usados para identificar as
células NK.
Resumo dos resultados:
Cada vez mais, os estudos relatam que a
patogênese da endometriose está relacionada a defeitos nas funções
imunológicas. Os dados também apontam para a função prejudicada das células
natural killer (NK), levando a uma menor atividade das células NK citotóxicas
na endometriose. Semelhante aos linfócitos B e T, as células NK geralmente
desempenham uma função crucial na imunidade humana, pois representam a terceira
maior população de linfócitos no sangue periférico. Para identificar as células
NK, os pesquisadores usaram a expressão positiva de marcadores de superfície.
Em um ambiente normal, as células NK funcionam como efetoras, produtoras de
citocinas e reguladores em potencial na imunidade adaptativa. Portanto, a
compreensão de como as células NK são ativadas / inibidas é crucial para a
patogênese da endometriose. Esse processo é realizado por um conjunto de
receptores ativadores ou inibitórios nas células NK.
Para identificar seus alvos, as células NK usam
receptores para interações de ligantes. NKG2D é um receptor transmembranar em
células NK e se liga especificamente a ligantes de proteínas de ligação a UL16
(ULBPs). Apesar da redução da atividade das células NK na endometriose, não
está claro como os receptores ativadores nas células NK são alterados.
O artigo atual publicado no
"JournalofReproductiveImmunology" por Xu et al. da Escola de Medicina
da Universidade Jiaotong de Xangai, na China, investigou a expressão de NCRs e
NKG2D em células NK no sangue periférico, fluido peritoneal e em células
endometriais de mulheres com endometriose pélvica.
O estudo recrutou 20 pacientes com endometriose
ovariana que se submeteram a uma cirurgia laparoscópica ou laparotomia para
endometriose. O grupo incluiu 2 pacientes no estágio II, 6 no estágio III e 12
no estágio IV da endometriose. Não houve diferença significativa na expressão
de NCRs e NKG2D em células NK do sangue periférico entre os grupos de
endometriose do controle científico. No entanto, a expressão de NKp30 e NKG2D
em células NK derivadas do fluido peritoneal em mulheres com endometriose foi
reduzida em comparação do controle científico. Em contraste, a expressão de
NKp46 foi maior do que no controle. Além disso, a expressão de ULBP-2 foi menor
no endométrio eutópico da endometriose em comparação com o endométrio eutópico
normal. A expressão de ULBP-3 também foi menor no endométrio ectópico do que no
endométrio eutópico.
A diferença na expressão do receptor das células
NK no fluido peritoneal, mas não no sangue periférico, sugere que a
endometriose é potencialmente um resultado da desregulação local do sistema
imunológico. Alterações na expressão de ligantes NKG2D e respostas imunes
mediadas por NKG2D são uma característica potencial de doenças autoimunes e
sugerem uma ligação mais estreita entre endometriose e distúrbios autoimunes.
Finalmente, alterações em células NK ativando
receptores ou respostas de ligantes podem fornecer novas abordagens
imunoterapêuticas para endometriose, melhorando a vigilância imunológica.
Fonte: https://www.endonews.com/natural-killer-cells-receptor-expression-in-endometriosis
Artigos livremente traduzidos por Vanessa Souza, voluntária de comunicação da Amo Acalentar e pós graduanda em Comunicação Institucional.
terça-feira, 1 de setembro de 2020
Qual a relação entre endometriose e exercício físico?
Confira uma entrevista com Renata Carlini, educadora física e portadora de endometriose
De acordo com o Ministério da Saúde, a endometriose é "uma doença crônica provocada pela migração do tecido que reveste a cavidade uterina, o endométrio, para outras partes do corpo, principalmente para o abdome, além de ovário, ligamentos uterinos, bexiga e intestino.” Uma em cada dez mulheres brasileiras têm a doença.
Após o diagnóstico, algumas opções de tratamento são medicamentos que suspendem a menstruação ou que reduzem as dores, além de cirurgias. Outra recomendação dos especialistas é manter uma alimentação saudável e praticar exercícios, o que pode ajudar no controle da dor. Mas até que ponto a atividade física influencia no tratamento da endometriose?
Para discutir o assunto e celebrar o Dia do Educador Físico, comemorado hoje (01/09), conversamos com a educadora física e portadora de endometriose Renata Carlini (37). Confira a entrevista:
AMO Acalentar: Renata, qual a sua história com a endometriose?
Renata Carlini: hoje está controlada, no nível 1, então eu não sofro nada. Mas eu já cheguei no nível 4, segundo o meu médico. Meu ciclo menstrual sempre foi normal, zero cólica. Quando eu estava com 25 ou 26 anos, eu comecei a ter muita cólica. E não era normal: a cada ciclo menstrual aumentava. E aí eu comecei a investigar: comecei a marcar ginecologistas, fazer exames e nunca dava nada. Demorou mais de um ano para eu descobrir o que eu realmente tinha e neste tempo a coisa foi se agravando.
Eu cheguei a fazer uma cirurgia com um ginecologista que me examinou, por videolaparoscopia, e não fez muita coisa, porque continuaram as dores. Aí eu fiz uma cirurgia com outro médico que deu uma melhorada, mas as dores continuavam. Então eu comecei a tomar pílula direto para que eu não menstruasse. Melhorou, mas depois de um certo tempo…
Então, eu descobri um médico, por uma amiga, especialista em endometriose. Ele começou a fazer vários exames e diagnosticou, pela ressonância magnética, que eu já estava em um nível bem avançado da endometriose. Ele falou: “Renata, pelo que a gente vê aqui no exame, a coisa tá bem feia e vamos precisar operar, fazer uma boa raspagem”. Resumo da obra: em 2015, eu fiz uma grande cirurgia, uma boa “limpeza”. Foram retirados 12 cm do meu intestino, porque estava completamente comprometido. Hoje eu faço uso de um remédio específico para endometriose, que não é uma pílula anticoncepcional. Eu não menstruo e, desde então, eu estou ótima. Eu não sinto dores, não sinto absolutamente nada. Minha vida é outra.
AA: Qual a relação da endometriose com o exercício físico?
RC: Tem muitas coisas benéficas. Durante toda essa caminhada, desde antes de eu descobrir o que tinha, eu identifiquei que o exercício físico é super importante e alimentação também influencia. O carboidrato, por exemplo, não é tão legal porque ele influencia bastante na questão inflamatória da endometriose, o açúcar também. E, em alguns casos, a lactose. Hoje, que eu tenho uma vida bem regrada em relação a exercício, eu vejo o quanto eu melhorei. Então, atividade física e alimentação ajudam muito no tratamento da endometriose.
AA: Renata, nesse período em que você estava com endometriose profunda, você conseguia fazer exercício físico?
RC: Não. Na verdade eu fazia normal, e aí quando começava o período menstrual, era zero. Eu lembro, algumas vezes, que eu pegava o carro para ir dar aula numa academia e aí durante o trânsito eu começava a sentir a cólica e às vezes eu tinha que encostar o carro, me comprimir e esperar passar aquela crise. Aí eu respirava fundo e dava a aula. Agora, treino, eu particularmente não conseguia.
AA: O ideal é a pessoa fazer o exercício com uma certa regularidade, porque na época de muita dor não tem como, certo?
RC: Sim. Mas hoje, como está mais controlada, é outro quadro. Hoje, a atividade me ajuda. Tanto que o meu médico também falou: “Renata, mantenha sempre a atividade física porque isso vai ajudar” com relação aos hormônios. Te ajuda muito a controlar a endometriose, realmente. Minha vida é outra.
AA: Você acha, que, de certa forma, o exercício diminui a dor?
RC: Sim, eu acho. Porque quando você pratica atividade física, você gera uma série de hormônios. E, consequentemente, você vai querer se alimentar bem, é um casamento. Então isso ajuda muito, é muito benéfico.
AA: Renata, você tem alguma dica para quem esse quadro de endometriose, seja a profunda ou não, para conseguir se motivar a fazer atividade física?
RC: Minha dica, além de procurar um especialista, investigar, entender o quadro dela, em que nível que está, é disposição. É respirar fundo e falar: “eu vou treinar, eu vou fazer alguma coisa”. A atividade física tem que ser prazerosa. Porque aí, você faz com disposição, com animação. Isso transforma todo seu corpo, mente, espírito. Muda completamente. Então, minha dica é: faça mesmo, procure algo que te dê prazer. Caminhada, pilates, hidroginástica, musculação, aulas de ginástica., até luta. Porque vai gerar benefício e vai ajudar no quadro da endometriose, é certeza.
AA: Tem mais alguma informação que você acha importante falar sobre o assunto?
RC: Quando eu estava na época da endometriose bem “punk”, que eu sentia as cólicas, mexe muito com o emocional. Você fica mal, é uma cólica, te deixa para baixo, autoestima lá embaixo. Porque é todo mês! Por isso que atividade física é importante. Sem ter a endometriose, a atividade física já promove uma autoestima: a pessoa se sente melhor, dorme melhor, come melhor, enfim. Só tem a contribuir.
Artigo escrito por Giovanna Tedeschi, Voluntária de comunicação da Amo Acalentar e jornalista.
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
31 de agosto: Dia do Nutricionista
Dia 31 de agosto comemora-se o dia do Nutricionista, uma função de grande importância para a sociedade.
Desde cedo aprendemos com a pirâmide alimentar quais são os alimentos e nutrientes indicados para que nosso corpo estejasempre bem nutrido, o papel do nutricionista é identificar deficiências e necessidades nutricionais específicas de cada um e realizar orientações de maneira personalizada.
A alimentação é uma grande aliada no tratamento de doenças e na manutenção da saúde em geral, nossa diretora e estudante de nutrição Isis de Oliveira que também é portadora de endometriose alerta que:“O principal da endometriose é a alimentação, o tratamento nutricional precisa ser especializado e com os cuidados em uma dieta anti-inflamatória.”
A endometriose é alimentada por excessos hormonais no organismo por isso, é recomendável moderação e consumo reduzido de fitoestrógenos que são encontrados em grãos, como arroz,feijão,soja,ervilha,lentilha, grão de bico e milho.
Alguns alimentos como, por exemplo: carne vermelha, alimentos ultra processados, glúten, e cafeína, não são indicados para o consumo a uma portadora de endometriose.
Algumas portadoras possuem grande taxa de açúcar no sangue e tem resistência à insulina, por isso Isis sugere uma dieta mais voltada ao LowCarb.
Alimentos como: Berinjela,abobrinha,abóbora, tomate,inhame,cúrcuma,folhas verdes escuras,frutas vermelhas,chia,gengibre,peixes, frango sem antibiótico e hormônios,abacate,shitake e outros cogumelos,repolho roxo,chocolate amargo,melão cenoura, cebola e azeite de oliva, são grandes aliados no tratamento da endometriose.
"Existem evidências de que alimentos e nutrientes influenciam no nosso organismo tanto quanto na progressão da doença, levando à possibilidade de tratamentos alternativos para prevençãoe tratamento da endometriose. A reeducação alimentar éuma ferramenta promissora", afirma a nutricionista Karina Souza.
O tratamento da endometriose é
multidisciplinar e a presença do nutricionista no apoio ao tratamento pode
oferecer melhoras significativas no quadro geral de saúde, afirma Karina. É
importante o acompanhamento de um profissional de nutrição para a prescrição de
uma dieta segura e completa, ideal para cada tipo e organismo.
Artigo escrito por Willian Cesar, voluntário de comunicação da Amo Acalentar e graduando em Jornalismo.
Nossa ong colabora com mais de 20 mil portadoras de endometriose, e em momentos como esses, buscamos auxilia-las da melhor maneira, seja com informação, alimentação e remédios, e você pode nos ajudar doando aqui, todo o valor é válido e ajuda quando feito de bom grado.
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
O impacto da endometriose na vida dos adolescentes transgêneros
Foto de Sharon McCutcheon em Unsplash
Um estudo realizado por
pesquisadores da cidade de Boston, no estado de Massachusetts (EUA), concluiu
que pessoas transmasculinas podem apresentar quadro de dismenorreia (cólica) e
endometriose mesmo utilizando o hormônio testosterona. Segundo o estudo, o diagnóstico
de endometriose era pouco utilizado em transgêneros do sexo masculino
portadores de dismenorreia.
O objeto de análise da pesquisa
foram adolescentes do sexo masculino, menores de 26 anos, diagnosticados com
dismenorreia e que obtiveram tratamento no Hospital Infantil de Boston de
janeiro a março de 2020. Os médicos se atentaram aos prontuários no que diz
respeito às características clínicas dos pacientes, cuidados tomados durante a
transição e seus tratamentos.
Durante o observatório, 35 adolescentes
transgêneros, com idade média de 14 e 11 anos, aproximadamente, foram
diagnosticados com dismenorreia. Ele também constatou que 29 deles foram
diagnosticados com o distúrbio após a transição social para o sexo masculino
(82,9%). Dentre esses, 7 foram diagnosticados com endometriose através do exame
de laparoscopia. Utilizando o tratamento convencional, 3 pacientes obtiveram
resultados positivos para a contenção dos sintomas da doença. Após o tratamento
com o hormônio testosterona, 2 pacientes apresentaram progresso e 2 não
obtiveram resposta. Constatou-se, enfim, que a maioria dos adolescentes
portadores de endometriose receberam o diagnóstico da doença após a transição
social.
De acordo com o estudo, a eficácia
do tratamento, os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados, a necessidade
dos anticoncepcionais e o histórico de gênero são fatores que influenciam na
escolha do paciente pelo tratamento a ser utilizado. Ainda segundo o artigo, os
pesquisadores perceberam variações individuais de suscetibilidade na utilização
de andrógenos, como o danazol e a testosterona, na supressão da menstruação e
da dor.
Os autores do artigo ainda
enfatizam a necessidade de pesquisas mais expansivas e numerosas em pessoas
trans portadoras de endometriose e outras condições ginecológicas, para que se
melhore a qualidade do diagnóstico e do atendimento.
Endometriose
A Endometriose é uma doença
caracterizada pela presença do endométrio (tecido que reveste a parte interior
do útero) fora da cavidade uterina, podendo também estar em órgãos como
trompas, ovários, intestinos e bexiga.
O principal sintoma da doença é a
dor e a infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres tem apenas dor; 60% tem
dor e infertilidade; e 20% tem apenas infertilidade. Outros sintomas podem ser
notados, como cólicas menstruais intensas, dor pré e durante a menstruação, dor
durante as relações sexuais, além de fadiga crônica e exaustão. Ainda há,
porém, a possibilidade de sangramentos irregulares e intensos e alterações
urinárias ou intestinais durante a menstruação.
Todos os meses, o
endométrio fica mais espesso e o óvulo fecundado se implanta nele. Caso não
haja gravidez, o endométrio se escama e é expelido na menstruação. A explicação
para o surgimento da endometriose é que uma parte desse sangue (guardado no
endométrio) cai nos ovários ou na cavidade abdominal ao migrar no sentido
oposto (lesão endométrica).
O diagnóstico da
endometriose costuma ocorrer aos/ou a partir dos 30 anos de idade. A doença
afeta, hoje, cerca de seis milhões de mulheres no Brasil (de acordo com a
Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade
reprodutiva, de 13 a 45 anos), havendo 300% de chancec que essas fiquem
estéreis.
Artigo originalmente publicado no
Site Endonews https://www.endonews.com/endometriosis-impacts-transgender-adolescents e livremente traduzido e
adaptado por Maira Cruz, voluntária da Amo Acalentar. Artigo editado por Vanessa Souza, voluntária de comunicação da Amo Acalentar e pós
graduanda em Comunicação Institucional, e Maria Eduarda Brum, jornalista
voluntária da Amo Acalentar.
Outras referências:
https://www.fleury.com.br/manual-de-doencas/dismenorreia
https://psicologafabiola.com.br/transgenero/
https://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/endometriose/#exames
https://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/endometriose/#o-que-e
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
A inter-relação da EpCAM e EMT na endometriose
Um aumento expressivo das moléculas de adesão celular epitelial (EpCAM) e sua possível ação na transição epitélio-mesenquimal (EMT) pode ter relação com a endometriose
A patogênese da endometriose permanece obscura e controversa.
De acordo com a conhecida
"teoria da implantação", a migração e a invasão são dois processos
críticos para o desenvolvimento da endometriose.
Diversas
evidências demonstraram que a endometriose tem características
móveis e invasivas.
A transição epitélio-mesenquimal (EMT) é um dos mecanismos moleculares
essenciais que contribuem para a metástase e invasão.
A molécula de adesão de células epiteliais (EpCAM), funciona como
uma molécula de adesão específica para promover a invasão em tumores malignos.
A inter-relação entre a EpCAM e EMT na migração e invasão sugere a possível
ação da EMT na endometriose.
Um total de 114 pacientes e 23 controles científicos foram analisados para comparar a expressão de EpCAM. O nível de EpCAM, E-caderina e N-caderina não foi diferente entre o endométrio eutópico de pacientes com e sem endometriose.
A imunorreatividade da endometriose para EpCAM e N-caderina, (mas não
E-caderina), foi significativamente maior do que a do endométrio eutópico;
sendo essa uma marca registrada da EMT.
De acordo com esses dados, a EMT participa da patogênese da endometriose.
Conclusões:
A expressão de EpCAM é
aumentada em células epiteliais de diferentes tipos de lesões de endometriose,
acompanhada pela ocorrência de EMT.
Isso sugere que a EpCAM e EMT estão associadas no desenvolvimento da
endometriose.
A ação da EpCAM e EMT na endometriose ainda não está clara e mais estudos para
esclarecer essas correlações são necessários.
O grupo do Dr. Yao formulou
a hipótese de que a EpCAM pode desempenhar um papel crítico na endometriose.
Seu artigo foi publicado recentemente na revista “Obstetrics and Gynecology
Research”
Fonte: https://www.endonews.com/increased-expression-of-epithelial-cell-adhesion-molecule-and-its-possible-role-in-epithelial-mesenchymal-transition-inendometriosis
Artigos livremente
traduzidos por Vanessa Souza, voluntária de comunicação da Amo Acalentar e pós-graduanda
em Comunicação Institucional.
terça-feira, 4 de agosto de 2020
Saiba como identificar fake news
Além da epidemia mundial do novo coronavírus que
estamos enfrentando, problemas subsequentes como o aumento no volume de
notícias falsas ou Fake News, termo em inglês popularmente adotado, vem fazendo
parte do novo normal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma “infodemia”, grande volume de notícias falsas sobre o COVID-19, circulam e se espalham rapidamente pela internet por todo o mundo.
Seja sobre saúde, política, ou envolvendo famosos, empresas, enfim, até mesmo as ONGs não estão livres de serem alvos de notícias falsas. Tanto que recentemente foi veiculada uma notícia falsa sobre a existência de 100 mil ONGs na Amazônia e que vários sites comentaram e publicaram estudos do IBGE com os dados reais, como exemplo de publicações envolvendo ONGs.
Claro que notícias falsas já existiam antes da pandemia, mas intensificou diante do cenário atual que estamos vivendo.
Entender as notícias, checar a veracidade, ajuda em termos de adotar hábitos e comportamentos que previna contrair o vírus, além de prevenir muitos outros mal entendidos.
A Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), que tem como papel o combate às notícias falsas, elaborou recentemente um infográfico com dicas que norteiam a identificação de uma Fake News. Confira abaixo os oito passos:
- Considere
a fonte: verifique o site que fez a publicação, pesquise sobre a origem da
história e informações de contato.
- Leia
mais: leia a notícia completa, pois é comum ver manchetes com títulos que
chamam a atenção para obter cliques.
- Verifique
o autor: pesquise sobre o autor ou quem assinou essa informação. Esse profissional existe? É
um especialista e possui credibilidade?
- Fontes
de apoio: leia outras notícias sobre o assunto buscando a comprovação
desse fato.
- Verifique
a data: é comum a repostagem de notícias antigas. Por isso a importância
de checar a data.
- É
uma piada? algumas notícias podem ser sátiras, principalmente quando esta
parecer muito estranha. Por isso, pesquise o site e o autor que publicou.
- É
preconceito: verifique se seus valores e crenças podem afetar seu
julgamento diante dos argumentos noticiados.
- Consulte especialistas: busque sites direcionados para checagem de notícias falsas, enfim, confirme com outras fontes independentes.
Em caso de dúvidas sobre notícias
envolvendo a ONG Amo Acalentar, você poderá checar a veracidade da
informação enviando e-mail para o contato: imprensa@acalentar.org
Fonte do infográfico: Notícia falsa –
Wikipédia, a enciclopédia livre
Artigo escrito por Vanessa Souza, voluntária de comunicação da Amo Acalentar e pós-graduanda em ADM e Comunicação Institucional
quinta-feira, 30 de julho de 2020
Endometriose no apêndice
A Endometriose é definida como o crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero. Isso geralmente ocorre dentro ou ao redor dos órgãos reprodutivos. No entanto, em casos raros, a doença pode se espalhar para a bexiga, rins, pulmões e/ou intestinos, incluindo o apêndice.
Não se sabe o quão comum é a endometriose no apêndice, e há uma grande variação na taxa de diagnósticos de endometriose apendicular com números que variam de 1 a 22%.
A causa exata da endometriose não é conhecida e também não se sabe por que a doença às vezes se espalha para outras áreas, como rins, diafragma ou apêndice. Uma hipótese é a menstruação retrógrada, em que o sangue menstrual transportando detritos endometriais em vez de sair do útero e ser eliminado pela vagina, segue em direção às trompas de Falópio, e subsequentemente implantando-se e formando as lesões.
A teoria da metaplasia celômica sugere que a cavidade peritoneal - ou o espaço dentro do abdômen que contém intestinos, estômago e fígado - abriga células progenitoras ou células capazes de se metaplasiarem em endométrio, surgindo os focos de endometriose.
A teoria da indução indica que o endométrio, ou revestimento uterino que é eliminado durante a menstruação, produz substâncias para formar endometriose.
E a teoria imunológica aponta que alterações no sistema imunológico permitem que as células endometriais cresçam fora do útero.
A endometriose apendicular pode causar sintomas que se assemelham aos sintomas da apendicite aguda, da qual incluem uma dor repentina que começa no lado direito do abdome inferior e que piora com o movimento, provocando perda de apetite, náusea, vômito, inchaço abdominal, constipação ou diarreia e febre. No entanto, diferentemente da apendicite aguda, a endometriose localizada no apêndice geralmente causa dor que acompanha o ciclo menstrual.
Pacientes com endometriose apendicular podem ser divididos em quatro grupos, dependendo de seus sintomas eles podem apresentar: os sintomas de apendicite aguda, invaginações apendiculares, cólica abdominal, náusea e melena/ ou fezes pretas, sem sintomas.
É difícil diagnosticar a endometriose localizada no apêndice porque os sintomas são muito semelhantes aos da apendicite aguda. Uma das ferramentas mais importantes para o diagnóstico de endometriose no apêndice é o exame físico. No entanto, exames de imagem como tomografias computadorizadas também podem ajudar a diagnosticar a condição. O método mais seguro para um diagnóstico definitivo, no entanto, é a cirurgia laparoscópica.
É muito importante que a endometriose no apêndice seja diagnosticada precocemente para que a doença possa ser tratada adequadamente. Se não tratada, a endometriose apendicular pode levar a sangramento ou perfuração no intestino e obstrução do intestino.
Uma apendicectomia (a remoção cirúrgica do apêndice) é a melhor maneira de tratar a endometriose apendicular. Em casos mais graves, uma ileocolectomia (a remoção cirúrgica do íleo, uma parte do intestino delgado) ou hemicolectomia (a remoção de um segmento do cólon - intestino grosso) pode ser necessária.
Atualmente, um ensaio clínico intervencionista (NCT01921634) está recrutando cerca de 100 participantes no Centro Médico Penn State Milton S. Hershey, nos EUA, para avaliar se a incidência de endometriose apendicular está relacionada ao método de análise patológica.
A taxa de diagnósticos em endometriose apendicular varia muito, entre 1% a 22%. Os pesquisadores levantam a hipótese de que a maneira como a amostra é analisada poderia explicar parcialmente essa grande disparidade. Este ensaio clínico investigará como o método de análise patológica influencia a incidência de endometriose apendicular.
Mulheres de 18 a 51 anos de idade que tiveram seu apêndice removido no momento da laparoscopia para tratar a endometriose e/ou dor pélvica são elegíveis para participar do estudo.
Por Tamer Seckin, MD Cirurgiã em excisão de endometriose (remoção da lesão)/ Centro de Endometriose Seckin (SEC), Especialista em endometriose com localização no apêndice.
Fonte: https://www.drseckin.com/endometriosis-of-the-appendix
Artigos livremente traduzidos por Vanessa Souza, voluntária de comunicação da Amo Acalentar e pós-graduanda em ADM e Comunicação Institucional
segunda-feira, 27 de julho de 2020
Coluna Lídia Ferreira: Como Autoestima e Amor Próprio são Vitais Para Superar os Desafios da Vida
É possível se amar mesmo quando o seu corpo parece
lutar contra você? Essa pergunta pode estar relacionada com a maneira pela a
qual somos vistas por nós mesmas. Se amar a si mesma e manter a autoestima pode
não ser fácil para a maioria das pessoas, para quem sofre com os desafios
diários da endometriose, com certeza; é extremamente ainda mais delicado
chegando a ser quase impossível em vários momentos. No entanto, é preciso
coragem para conquistar a valorização e a dignidade por você mesma, pois você
pode não acreditar, mas você tem sim o direito de ser feliz ao lado da pessoa
mais importante dessa vida, você.
Agradecimentos
e Apresentações
Gostaria de iniciar agradecendo. Acredito que a
gratidão é uma virtude e que ser grata é poder manifestar; em todas as coisas;
a realização de como somos privilegiadas por cada oportunidade que a vida nos
apresenta. Gostaria então, de poder manifestar minha gratidão a você por estar
lendo esse texto. Por ter oferecido um pedacinho do seu tempo tão precioso para
me ouvir. Sim, ouvir, pois enquanto escrevo, imagino a sua mente escutando a
minha voz, pois o meu desejo é poder compartilhar com você, leitora, algo de
valor que possa impactar a sua vida ao ponto de poder ser utilizada como um
veículo de transformação pessoal e coletiva.
Peço a sua permissão para me apresentar, já que
estaremos nos conhecendo melhor através dessa parceria maravilhosa com a AMO
Acalentar, ao qual agradeço o convite incrível para fazer parte da equipe de
voluntários. Sinto-me imensamente honrada, lisonjeada e abençoada por essa
oportunidade de fazer a diferença junto a essa missão tão importante.
Pouco sei sobre a endometriose, nada sei sobre o
sofrimento de quem convive com essa doença terrível que afeta tantas mulheres
no mundo inteiro. Gostaria de te convidar a me escutar enquanto você ler esse
texto, como se estivessemos lado a lado conversando. Mesmo que eu não possa te
ouvir agora, saiba que desde que recebi o convite para escrever para você, meu
coração tem buscado uma forma de poder me identificar com você e com o seu
sofrimento e por isso gostaria também de dizer que você não está sozinha e que
você tem muito valor.
Dominando a
amor próprio e a autoestima.
Amor e autoestima são duas palavras que deveriam
sempre andar juntas. É impossível te autoestima sem se amar. A autoestima é o
reconhecimento do seu valor como pessoa única e preciosa. É poder ser
reconhecer através de uma auto análise dos seus valores e qualidades.
A mulher que possui uma autoestima elevada pode ser comparada
com quando tomamos um copo de água gelada em um dia bem quente. Ao bebermos
dessa água não só estamos matando a sede mais também nutrindo o corpo através
dos componentes essenciais que ajudam a manter a nossa saúde. Assim como a água
é vital para a nossa sobrevivência, a autoestima é fundamental para a nossa
existência. Sem a água nós morremos fisicamente, sem amor próprio matamos o
nosso emocional.
Infelizmente no Brasil somente 40% da população tem
acesso a saneamento básico. Isso significa que a água que chega na casa da
maioria dos brasileiros não é segura. No entanto, independente da sua situação
atual a autoestima deve ser um direito para todas as pessoas, assim como o
direito a água encanada e tratamento de esgoto deveria ser para todos os moradores.
A relação entre a água e a autoestima também está
ligada ao domínio das nossas emoções. Você pode escolher quantos copos de água
você toma por dia, assim como, quantas vezes você determina se amar apesar de
tudo. Creio que não seja simples determinar amar um corpo adoecido, mas saiba
que você não é a sua doença, assim como o copo não é água. Seu corpo é o
veículo para que você possa realizar e fazer todas as atividades do cotidiano,
mas a sua mente pode ser infinitamente mais forte do que seu corpo se você
lutar por isso.
A autoestima está relacionada também com as suas
crenças. Todos os seus anos de vida te levaram a perceber como o mundo te vê.
Seus pais, a sua criação, suas frustrações, seus desencontros, suas conquistas,
seus fracassos, suas lutas contribuíram; tanto de forma positiva quanto
negativa, com a formação da concepção de si mesma. Palavras tem muito poder,
assim como as atitudes dos outros para conosco também, contudo, você pode
recodificar alguns conceitos deturpados a seu respeito.
Talvez, depois de tantos anos de sofrimento, você
possa acreditar que a sua vida se resume em lutar, mas jamais vencer. Talvez a
sua mente esteja tomada por uma sobrecarga pesada demais chegando a sugar o
resto de energia que te falta para prosseguir, mas é possível sim superar os
seus maiores temores e ultrapassar a barreira do vazio e da solidão de não ser
compreendida até por você mesma. Lembre-se que você venceu até aqui e de que é
possível sim, reconstruir o amor próprio e vencer mais um dia.
Vencendo os
inimigos da autoestima.
Várias são as razões pela as quais você merece se amar, e alguns são os inimigos da autoestima. Entendendo melhor o seu inimigo, você pode se capacitar para enfrentá-los de frente assim como você tem enfrentado a endometriose. Mas quais são os principais inimigos que destroem a autoestima.
Inimigo número 1 - A não aceitação
Aceite quem você é com todas as suas qualidades e limitações. Assim como negar a doença não te faz ficar curada, não reconhecer que você não precisa ser perfeita para viver em paz não te faz alguém mais feliz ou realizada. Porém seu foco deve estar em ser alguém inteira mesmo que te falte uma parte, a saúde. Somos pessoas complexas e o nosso sofrimento é passageiro, mas as oportunidades surgem a cada dia.
QUANDO A OPORTUNIDADE NÃO APARECER PARA VOCÊ, SE APRESENTE PARA ELA.
Inimigo número 2 - A falta do perdão próprio
Quem já não
errou que atire a primeira pedra. Deixe o passado para o dia de ontem, porque
viver se culpando pelo o que aconteceu prejudica você e seus relacionamentos.
Se você teve uma chance e errou siga em frente. Aprender com os nossos erros, é
assim que amadurecemos. Se no mundo houvesse somente pessoas perfeitas, como
iríamos aprender a sermos pessoas melhores a cada dia.
SEU ESTADO DE SAÚDE NÃO É CULPA SUA, VOCÊ COM CERTEZA É MUITO MAIS FORTE DO QUE MUITAS MULHERES QUE JAMAIS ENFRENTARAM O QUE VOCÊ ENFRENTOU.
Inimigo número 3 - A comparação
Você conhece
alguém bem sucedido que vive pautando as metas pessoais comparando-se a de
outras pessoas? Se você conhece alguém assim, creio que possa até ser “bem
sucedido” em uma área, mas no fundo é uma pessoa insegura. Se você ao fazer uma
auto análise, reconhecer que você é única, porque ficar se comparando com a
vida de alguém que não seja a sua? Compare a sua vida de hoje com a de amanhã.
Aquilo que você é hoje pode ser tornar muito melhor amanhã, esse deve ser o seu
foco.
SOMENTE SE COMPARE COM VOCÊ DE
AMANHÃ .
Inimigo número 4 - A procrastinação
Sabe aquela
gaveta que você guardou o seu sonho e perdeu a chave? ARROMBE . Somente você
sabe como foi duro deixar o seu sonho adormecido, mas independente da sua
situação atual, não permita que a procrastinação venha aniquilar com seus
sonhos.
COLOQUE METAS PARA OS SEUS SONHOS
TRANSFORMANDO EM AÇÕES MESMO QUE SEJA NECESSÁRIO O PRAZO MAIOR PARA CONCLUIR E
JAMAIS DESISTA.
Inimigo número 5 - A anulação
Priorizar a
si mesma não é sinônimo de egoísmo. Vivemos em uma cultura que diz que a mulher
deve priorizar a família e etc... A verdade é que se não estivermos inteiras e
realizadas como poderemos cuidar de alguém da melhor maneira possível? Não viva
para agradar a todos o tempo todo, faça o que for possível sempre dando o seu
melhor dentro dos seus limites sem perder o respeito e o amor próprio.
COLOQUE O SEU NOME EM PRIMEIRO LUGAR NA SUA LISTA DE
PRIORIDADES.
Inimigo número 6 - Entregar o controle da sua vida nas mãos de outras pessoas.
Claro que
dependendo do seu estado de saúde atual, possa ser muito difícil controlar
todas as decisões que você tem que tomar a cada dia, porém entregar de bandeja
o controle da sua vida na mão de alguma pessoa pode ser prejudicial a sua
autoestima. A autonomia é uma ferramenta que fortalece o nosso emocional como
quase nenhuma outra. Como alguém que luta contra os sintomas da endometriose
você deve saber o quanto é importante poder determinar: o quê, quando, e como
fazer tudo que você gostaria. Cuidado para não se entregar nas mãos de alguém,
que confunde amor com controle, cuidado com domínio. Sempre que for possível
lute para manter a sua autonomia.
VOCÊ TEM O DIREITO DE DETERMINAR AS DIRETRIZES DA SUA PRÓPRIA VIDA.
Inimigo número 7 - Não acreditar em si mesma.
Acredite,
você é capaz. Seus medos não podem te derrubar, sua falta de conhecimento
também não. Não acreditar em si mesma pode ser um inimigo invisível que pois,
ele pode: abafar, impedir, sabotar, enganar, matar, destruir. Você tem medo de
fracassar? Qual é o problema? Se você não tentar não irá saber o gostinho que
tem uma conquista. Acredite em você, se juntando a pessoas que compartilham do
mesmo sentimento e ideais. Faça amizades com quem te valoriza. Jamais
supervalorize a opinião que os outros tem sobre você ao ponto de viver em
função disso. Você é muito mais do que as pessoas dizem de você. Você é muito
mais do que sua mente possa imaginar. Va a luta, siga em frente.
ACREDITE, VOCÊ É MERECEDORA DE GRANDES CONQUISTAS MESMO NAS PEQUENAS
COISAS.
Concluindo,
a autoestima é um processo contínuo que requer dedicação e determinação e essas
são duas qualidades que você deve conhecer muito bem. Então prossiga nessa
jornada e seja uma pessoa de bem consigo mesma e assim poderá perceber como
você pode impactar outras pessoas ao seu redor também.