Quando me vejo com dor,
lembro- me desse quadro, intitulado “O Grito”
é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, a mais célebre das
quais datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de
profunda angústia e desespero existencial. (Wilkipédia,
05- 08- 2014, 11:57 h)
O desespero e a incerteza tomam
conta de mim, o caminho, acaba se
tornando macabro, até onde a aflição persistirá e quando terá um fim?
Os médicos
me disseram que quando casasse a dor melhoraria,encontrei
um príncipe, casei e nada,o mal estava ali implacável, sombrio e amargo.
Disseram-me mais uma vez, que engravidasse, a dor
acabaria, assim mesmo sem condições financeiras engravidei,, engravidei e engravidei e hoje e sempre darei graças a
Deus pois descobri que engravidar já
tinha sido um milagre. Apesar da gravidez e da felicidade de ser mãe a agonia não teve
fim.
A sombra do fundo do quadro , na minha visão endometriótica são os médicos que nada sabem, não pesquisam e falam do que não buscam compreender. Eles opinam sobre o assunto , fazendo testes,
sem se importar com os sentimentos e nos
deixam pior que entramos, quando não conseguem, mandam para o
psiquiatra, que por sua vez, medicam a dor com calmantes como se não existisse
e faz nos acreditar que somos loucas.
O desgosto não acaba, , no quadro vem
andando duas pessoas, são os julgadores das sofredoras,,não bastasse o sofrimento,
ainda aparecem os opressores, aqueles que abrem a boca para dizerem que somos
moles, preguiçosas, que isso é normal, coisas de mulher. Como uma dor, que se parece
como de parto pode ser normal? Isso, todos os dias, minutos e segundos na sua
vida. Para umas,duram
dias; para outras,meses; para outras,, anos e para outras, uma vida.
O laranja do
céu recria ainda que
desbotado, o sangue perdido com
as dores, hemorragias, dismenorréia,e etc... As
linhas sinuosas também estão presentes no céu, na água demonstram uma dor sem
fim, contínua, que despreza a vida, modifica sua história, te prostra,, te
diminui, te faz senti inferior e dói na alma. Por isso escolhi essa obra, por
ser tão dramática e interessante.
Termino estas palavras agradecendo ao Autor
da minha fé, que mesmo diante de tantas adversidades, nos momentos mais
difíceis colocou pessoas maravilhosas que me apoiam e amam incondicionalmente.
Aos meus presentes filhos e minha mãe que torcem por mim e me amam apesar das
dificuldades. A Ong Acalentar na pessoa da nossa amiga Maria Helena Nogueira
que sempre está de coração aberto para ajudar as portadoras, com amor,
dedicação e carinho. Obrigada!!!
Patrícia Gomes Vilaça
(Minas Gerais)
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