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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

31 de agosto: Dia do Nutricionista

 




Dia 31 de agosto comemora-se o dia do Nutricionista, uma função de grande importância para a sociedade. 

Desde cedo aprendemos com a pirâmide alimentar quais são os alimentos e nutrientes indicados para que nosso corpo estejasempre bem nutrido, o papel do nutricionista é identificar deficiências e necessidades nutricionais específicas de cada um e realizar orientações de maneira personalizada. 

A alimentação é uma grande aliada no tratamento de doenças e na manutenção da saúde em geral, nossa diretora e estudante de nutrição Isis de Oliveira que também é portadora de endometriose alerta que:“O principal da endometriose é a alimentação, o tratamento nutricional precisa ser especializado e com os cuidados em uma dieta anti-inflamatória.” 

A endometriose é alimentada por excessos hormonais no organismo por isso, é recomendável moderação e consumo reduzido de fitoestrógenos que são encontrados em grãos, como arroz,feijão,soja,ervilha,lentilha, grão de bico e milho. 

Alguns alimentos como, por exemplo: carne vermelha, alimentos ultra processados, glúten, e cafeína, não são indicados para o consumo a uma portadora de endometriose. 

Algumas portadoras possuem grande taxa de açúcar no sangue e tem resistência à insulina, por isso Isis sugere uma dieta mais voltada ao LowCarb. 

Alimentos como: Berinjela,abobrinha,abóbora, tomate,inhame,cúrcuma,folhas verdes escuras,frutas vermelhas,chia,gengibre,peixes, frango sem antibiótico e  hormônios,abacate,shitake e outros cogumelos,repolho roxo,chocolate amargo,melão cenoura, cebola e azeite de oliva, são grandes aliados no tratamento da endometriose. 

"Existem evidências de que alimentos e nutrientes influenciam no nosso organismo tanto quanto na progressão da doença, levando à possibilidade de tratamentos alternativos para prevençãoe tratamento da endometriose. A reeducação alimentar éuma ferramenta promissora", afirma a nutricionista Karina Souza. 

O tratamento da endometriose é multidisciplinar e a presença do nutricionista no apoio ao tratamento pode oferecer melhoras significativas no quadro geral de saúde, afirma Karina. É importante o acompanhamento de um profissional de nutrição para a prescrição de uma dieta segura e completa, ideal para cada tipo e organismo.

Parabéns aos Nutricionistas!


Artigo escrito por Willian Cesar, voluntário de comunicação da Amo Acalentar e graduando em Jornalismo.

 

Nossa ong colabora com mais de 20 mil portadoras de endometriose, e em momentos como esses, buscamos auxilia-las da melhor maneira, seja com informação, alimentação e remédios, e você pode nos ajudar doando aqui, todo o valor é válido e ajuda quando feito de bom grado.



sexta-feira, 28 de agosto de 2020

O impacto da endometriose na vida dos adolescentes transgêneros

 


        

Um estudo realizado por pesquisadores da cidade de Boston, no estado de Massachusetts (EUA), concluiu que pessoas transmasculinas podem apresentar quadro de dismenorreia (cólica) e endometriose mesmo utilizando o hormônio testosterona. Segundo o estudo, o diagnóstico de endometriose era pouco utilizado em transgêneros do sexo masculino portadores de dismenorreia. 

O objeto de análise da pesquisa foram adolescentes do sexo masculino, menores de 26 anos, diagnosticados com dismenorreia e que obtiveram tratamento no Hospital Infantil de Boston de janeiro a março de 2020. Os médicos se atentaram aos prontuários no que diz respeito às características clínicas dos pacientes, cuidados tomados durante a transição e seus tratamentos.

Durante o observatório, 35 adolescentes transgêneros, com idade média de 14 e 11 anos, aproximadamente, foram diagnosticados com dismenorreia. Ele também constatou que 29 deles foram diagnosticados com o distúrbio após a transição social para o sexo masculino (82,9%). Dentre esses, 7 foram diagnosticados com endometriose através do exame de laparoscopia. Utilizando o tratamento convencional, 3 pacientes obtiveram resultados positivos para a contenção dos sintomas da doença. Após o tratamento com o hormônio testosterona, 2 pacientes apresentaram progresso e 2 não obtiveram resposta. Constatou-se, enfim, que a maioria dos adolescentes portadores de endometriose receberam o diagnóstico da doença após a transição social.

De acordo com o estudo, a eficácia do tratamento, os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados, a necessidade dos anticoncepcionais e o histórico de gênero são fatores que influenciam na escolha do paciente pelo tratamento a ser utilizado. Ainda segundo o artigo, os pesquisadores perceberam variações individuais de suscetibilidade na utilização de andrógenos, como o danazol e a testosterona, na supressão da menstruação e da dor.

Os autores do artigo ainda enfatizam a necessidade de pesquisas mais expansivas e numerosas em pessoas trans portadoras de endometriose e outras condições ginecológicas, para que se melhore a qualidade do diagnóstico e do atendimento.

 

Endometriose

 

A Endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio (tecido que reveste a parte interior do útero) fora da cavidade uterina, podendo também estar em órgãos como trompas, ovários, intestinos e bexiga.

O principal sintoma da doença é a dor e a infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres tem apenas dor; 60% tem dor e infertilidade; e 20% tem apenas infertilidade. Outros sintomas podem ser notados, como cólicas menstruais intensas, dor pré e durante a menstruação, dor durante as relações sexuais, além de fadiga crônica e exaustão. Ainda há, porém, a possibilidade de sangramentos irregulares e intensos e alterações urinárias ou intestinais durante a menstruação.

          Todos os meses, o endométrio fica mais espesso e o óvulo fecundado se implanta nele. Caso não haja gravidez, o endométrio se escama e é expelido na menstruação. A explicação para o surgimento da endometriose é que uma parte desse sangue (guardado no endométrio) cai nos ovários ou na cavidade abdominal ao migrar no sentido oposto (lesão endométrica).

          O diagnóstico da endometriose costuma ocorrer aos/ou a partir dos 30 anos de idade. A doença afeta, hoje, cerca de seis milhões de mulheres no Brasil (de acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva, de 13 a 45 anos), havendo 300% de chancec que essas fiquem estéreis. 

 

Artigo originalmente publicado no Site Endonews https://www.endonews.com/endometriosis-impacts-transgender-adolescents e livremente traduzido e adaptado por Maira Cruz, voluntária da Amo Acalentar. Artigo editado por Vanessa Souza, voluntária de comunicação da Amo Acalentar e pós graduanda em Comunicação Institucional, e Maria Eduarda Brum, jornalista voluntária da Amo Acalentar.

Outras referências:

https://www.fleury.com.br/manual-de-doencas/dismenorreia

https://psicologafabiola.com.br/transgenero/

https://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/endometriose/#exames

https://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/endometriose/#o-que-e

 

 

 

 


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

A inter-relação da EpCAM e EMT na endometriose




 Um aumento expressivo das moléculas de adesão celular epitelial (EpCAM) e sua possível ação na transição epitélio-mesenquimal (EMT) pode ter relação com a endometriose

A patogênese da endometriose permanece obscura e controversa.


De acordo com a conhecida "teoria da implantação", a migração e a invasão são dois processos críticos para o desenvolvimento da endometriose.

Diversas evidências  demonstraram que a endometriose tem características móveis e invasivas.
A transição epitélio-mesenquimal (EMT) é um dos mecanismos moleculares essenciais que contribuem para a metástase e invasão.


A molécula de adesão de células epiteliais (EpCAM),  funciona como uma molécula de adesão específica para promover a invasão em tumores malignos.
A inter-relação entre a EpCAM e EMT na migração e invasão sugere a possível ação da EMT na endometriose.

 

Um total de 114 pacientes e 23 controles científicos foram analisados ​​para comparar a expressão de EpCAM. O nível de EpCAM, E-caderina e N-caderina não foi diferente entre o endométrio eutópico de pacientes com e sem endometriose.


A imunorreatividade da endometriose para EpCAM e N-caderina, (mas não E-caderina), foi significativamente maior do que a do endométrio eutópico; sendo essa  uma marca registrada da EMT.
De acordo com esses dados, a EMT participa da patogênese da endometriose.

 

Conclusões:

A expressão de EpCAM é aumentada em células epiteliais de diferentes tipos de lesões de endometriose, acompanhada pela ocorrência de EMT.
Isso sugere que a EpCAM e EMT estão associadas no desenvolvimento da endometriose.
A ação da EpCAM e EMT na endometriose ainda não está clara e mais estudos para esclarecer essas correlações são necessários.

 

O grupo do Dr. Yao formulou a hipótese de que a EpCAM pode desempenhar um papel crítico na endometriose. Seu artigo foi publicado recentemente na revista “Obstetrics and Gynecology Research”

 

 

Fonte: https://www.endonews.com/increased-expression-of-epithelial-cell-adhesion-molecule-and-its-possible-role-in-epithelial-mesenchymal-transition-inendometriosis

 

Artigos livremente traduzidos por Vanessa Souza, voluntária de comunicação da Amo Acalentar e pós-graduanda em Comunicação Institucional.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Saiba como identificar fake news

Foto de Unsplash/@markuswinkler

Além da epidemia mundial do novo coronavírus que estamos enfrentando, problemas subsequentes como o aumento no volume de notícias falsas ou Fake News, termo em inglês popularmente adotado, vem fazendo parte do novo normal.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),  uma “infodemia”, grande volume de notícias falsas sobre o COVID-19, circulam e se espalham rapidamente pela internet por todo o mundo.

Seja sobre saúde, política, ou envolvendo famosos, empresas, enfim, até mesmo as ONGs não estão livres de serem alvos de notícias falsas. Tanto que recentemente foi veiculada uma notícia falsa sobre a existência de 100 mil ONGs na Amazônia e que vários sites comentaram e publicaram estudos do IBGE com os dados reais, como exemplo de publicações envolvendo ONGs.

Claro que notícias falsas já existiam antes da pandemia, mas intensificou diante do cenário atual que estamos vivendo. 

Entender as notícias, checar a veracidade, ajuda em termos de adotar hábitos e comportamentos que previna contrair o vírus, além de prevenir muitos outros mal entendidos.

A Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), que tem como papel o combate às notícias falsas, elaborou recentemente um infográfico com dicas que norteiam a identificação de uma Fake News. Confira abaixo os oito passos:   

  1. Considere a fonte: verifique o site que fez a publicação, pesquise sobre a origem da história e informações de contato.
  2. Leia mais: leia a notícia completa, pois é comum ver manchetes com títulos que chamam a atenção para obter cliques.
  3. Verifique o autor: pesquise sobre o autor ou quem assinou essa informação. Esse profissional existe? É um especialista e possui credibilidade? 
  4. Fontes de apoio: leia outras notícias sobre o assunto buscando a comprovação desse fato.
  5. Verifique a data: é comum a repostagem de notícias antigas. Por isso a importância de checar a data. 
  6. É uma piada? algumas notícias podem ser sátiras, principalmente quando esta parecer muito estranha. Por isso, pesquise o site e o autor que publicou.
  7. É preconceito: verifique se seus valores e crenças podem afetar seu julgamento diante dos argumentos noticiados.
  8. Consulte especialistas: busque sites direcionados para checagem de notícias falsas, enfim, confirme com outras fontes independentes. 

Em caso de dúvidas sobre notícias envolvendo  a ONG Amo Acalentar, você poderá checar a veracidade da informação enviando e-mail para o contato: imprensa@acalentar.org

Fonte do infográfico: Notícia falsa – Wikipédia, a enciclopédia livre 


Artigo escrito por Vanessa Souza, voluntária de comunicação da Amo Acalentar e pós-graduanda em ADM e Comunicação Institucional