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Infertilidade


Como não enlouquecer enquanto o bebê não vem...

Esta matéria é para todas as mulheres, não só para portadoras de endometriose, sabemos que no caso de endometriose o buraco é mais embaixo. E isto não vem ao caso agora, mas estas dicas podem ajudar muito. O grande problema destas dicas é que a sociedade sem conhecimento específico tende a generalizar, e isto ´chega a ser crime, pois palavras inconsequentes para quem tem problemas são armas que ferem até a morte, principalmente em quem está mais fragilizado ou doente. È preciso termos bom senso em tudo, cada caso é único e não podemos julgar. 


Casais que estão tentando a primeira gravidez, mergulha o casamento em um clima de ansiedade constante. Veja as orientações de especialistas para controlar as expectativas.



Nas festinhas de família, a pergunta é inevitável: "Já encomendaram o bebê?" A resposta é que estão tentanto, mas nada ainda. Apesar disso, em casa, o estoque de livros sobre educação de filhos não para de crescer. E a decoração do quarto reservado para o filhote só não começou porque não se sabe qual será o sexo do pequeno. A situação, bem conhecida dos casais que estão tentando a primeira gravidez, mergulha o casamento em um clima de ansiedade constante. E ela é justamente a pior inimiga de quem está querendo engravidar.

Um dos seus primeiros efeitos negativos é prejudicar a sexualidade dos candidatos a papais e mamães. "De tanto pensar só na gravidez, os casais esquecem de vivenciar a sexualidade plenamente, o que gera mensagens contraditórias na mente e no corpo. Quando estamos ansiosos, o organismo entra em alerta e aciona as suas defesas. E concepção tem a ver com entrega, acolhimento. É preciso estar relaxada para que ela aconteça", explica a psicóloga Isabel Kahn, de São Paulo.
Sua opinião é reforçada por Silvana Chedid, diretora do Centro de Endoscopia Pélvica e Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa e da clínica Chedid Grieco de Medicina Reprodutiva, ambos em São Paulo, e autora do livro Infertilidade (editora Contexto): "Costumo atender vários casais que estão tentando engravidar há tempos e só quando decidem adiar o plano e tirar umas férias é que conseguem".
Em vez de enlouquecer de tanto pensar na gravidez que não vem, confira as orientações dos nossos especialistas e dê um chega-pra-lá no nervosismo e no excesso de expectativas.
Dê tempo ao tempo
Um casal saudável, em plena atividade sexual, ou seja, fazendo sexo de duas a três vezes por semana, pode demorar até um ano para engravidar. Se você está tentando só há alguns meses, não existem motivos para preocupação.
Faça sexo no período fértil
Ninguém precisa bancar o super-herói na cama para ter um bebê. Manter relações diariamente ou diversas vezes por dia, só se o casal já estiver habituado à maratona. Segundo Silvana Chedid, bastam relações dia sim, dia não, durante o período fértil, para aumentar bastante as chances de gravidez. Para descobrir quando você está ovulando, observe o seu ciclo menstrual. Em geral, mulheres que menstruam a cada 28 dias estão no período fértil por volta do 14o (conte como primeiro dia aquele em que ficou menstruada, com fluxo intenso). Para garantir, mantenha relações em dias alternados entre o décimo e o 18o dia. Se você não tem um ciclo regular, outra maneira de descobrir se está no período fértil é observando o muco vaginal, que se torna mais espesso e abundante nesses dias.
Busque prazer no sexo
Não há uma posição específica que aumente as chances de engravidar. “A história de que a mulher precisa ficar com as pernas para cima ou que não pode levantar imediatamente depois que o marido ejacula não faz sentido. A penetração do sêmen pelo colo do útero é imediata”, explica Silvana. Por isso, não há razão para tentar acrobacias improváveis. Uma vez na cama, preocupe-se apenas com o prazer.
Adote uma vida saudável
Há comprovações científicas de que o uso de cigarro, álcool e outras drogas diminui a fertilidade do casal. Use o seu desejo de ter um bebê para se livrar de vez desses maus hábitos.
Faça as consultas de rotina
Problemas ginecológicos aparentemente sem importância podem atrapalhar os planos da futura mamãe. "A simples presença de um corrimento vaginal dificulta a penetração do sêmen", alerta Silvana.
Controle o peso
Assim como as atletas param de ovular por causa da pequena quantidade de massa gordurosa, as mais gordinhas também podem ter dificuldades para engravidar. "O tecido gorduroso participa do metabolismo dos hormônios relacionados à ovulação", explica Silvana. Quem está muito acima do peso deve procurar tratamento e adotar uma dieta saudável antes mesmo de engravidar. Também as apaixonadas por malhação - que passam mais de três horas por dia fazendo atividade física e vivem de regime – podem precisar de auxílio médico para estabilizar os hormônios e ovular normalmente.
Participe de um grupo
Conversar com outros casais que estão passando pela mesma experiência acalma a ansiedade. Peça uma indicação ao médico que a acompanha ou a amigos que já tenham freqüentado esse tipo de grupo. Buscar uma comunidade via internet também é uma boa pedida.
Mantenha projetos paralelos
Separe algumas horas do dia para se distrair. Não deixe de dar atenção ao marido, à carreira e a outras questões importantes para sua realização pessoal. "Atividades que lhe dêem prazer ajudam a relaxar. O filho pode ser uma prioridade, mas não deve ser o seu único projeto de vida", alerta Isabel Kahn.
Escreva um diário
Colocar as emoções no papel alivia a tensão. Conte sobre as suas expectativas, a preparação para a gravidez e o que tiver vontade. Mais tarde, você poderá dividir essa recordação com o seu filho, e ele saberá o quanto foi esperado e querido, mesmo antes de ser concebido. 

Ajuda especializada

Para os casais que tentam engravidar há mais de um ano, sem sucesso, a orientação é procurar um médico e fazer os exames básicos para detectar se existe algum problema a ser corrigido. No caso dos homens, o espermograma é o primeiro passo. "Ele indica a quantidade de espermatozóides, sua forma e mobilidade", esclarece Silvana Chedid. Para as mulheres, os exames fundamentais são as dosagens hormonais, o papanicolau, o ultra-som pélvico e a histerossalpingografia (que analisa as trompas e a cavidade uterina). "Eles verificam a produção dos hormônios relacionados à ovulação e possíveis alterações na vagina ou no útero", explica a especialista. "Se houver suspeita de problemas, é recomendável fazer essa investigação já no início das tentativas de engravidar, pois, assim, o casal começa logo a se tratar e evita uma série de tentativas frustradas", diz ela.
Fonte:http://mdemulher.abril.com.br/familia/reportagem/comportamento/como-nao-enlouquecer-enquanto-bebe-nao-vem-788065.shtml





Infertilidade: interrupção no projeto de vida


Por Ana Rosa Detilio Mônaco*



A infertilidade é vista como uma das mais sérias crises da vida, pois o casal se depara com a interrupção de um projeto de vida que, muitas vezes, inicialmente, é entendido como a base da relação.
Somos criados e preparados para a maternidade/paternidade como “um acontecimento natural”. Não faz parte das informações que recebemos a possibilidade de nos depararmos com tal dificuldade. Outra questão, é que as famílias e amigos, na maioria das vezes, não têm compreensão clara das experiências pelas quais está passando o casal, gerando, muitas vezes, sentimentos de serem os únicos a viverem esta crise e se sentirem incompreendidos.  

A qualidade do relacionamento do casal é bastante relevante em todo este processo, pois ninguém, na realidade, vive e sente o que eles estão passando. Portanto, a união do casal é muito importante neste contexto. O fato de o filho não ser concebido pelo ato sexual poderá refletir negativamente neste momento ou até no resto de suas vidas.

O homem e a mulher sentem de forma diferenciada os sentimentos inerentes a esta vivência, pois a realidade individual de cada um irá determinar a diversificação afetiva desta vivência. As questões culturais também têm forte influência na reação de cada pessoa.

A literatura descritiva apresenta a infertilidade como uma experiência devastadora, especialmente para as mulheres, pelo grau de importância que a realização da maternidade pode ter em seu psiquismo. Não poder gerar filhos pode ser um forte abalo nos referenciais identificatórios da mulher. A maternidade pode ser mais um elo na constituição da identidade feminina. 

Pesquisas mostram que 50% das mulheres contra 15% dos homens dizem ser a experiência da infertilidade a que mais abalou sua vida. A diferença é que os homens preferem evitar falar sobre o assunto e ir direto à ação, enquanto as mulheres gostam de falar sobre a questão. Abordar o assunto faz as mulheres se sentirem melhor, e os homens, muitas vezes, pior. A intervenção do psicólogo auxilia o casal também na compreensão destas diferenças que podem afastar o casal afetivamente. 

Também sabemos que quando é o homem que apresenta o “problema” e este tem necessidade de ajuda médica, cada consulta, exame, etc. legitima a impossibilidade que é confirmada em cada etapa do tratamento. Sabemos que eles podem sofrer tanto quanto as mulheres, porém manifestam de forma diferenciada. Geralmente, não falam muito no assunto, às vezes, se envolvem mais no trabalho e podem até desenvolver ações que antes não exerciam como beber, etc.

Para a maioria das mulheres, o “ser mãe” (gravidez, parto, criança) é um pilar fundamental de sua identidade feminina. Isto segue ainda, apesar das mudanças sociais das últimas décadas, graças as quais o desenvolvimento profissional ganhou terreno na construção da identidade de muitas mulheres. Paradoxalmente, esta nova possibilidade de fortalecimento da identidade, que surge do desenvolvimento profissional, faz com que a mulher busque a maternidade em idade avançada, o que implica diminuição na taxa de fertilidade e, portanto, possíveis problemas para conseguir sua gravidez.     

Em ambos os casos o desgaste emocional é muito grande, uma vivência relacionada paralelamente entre a vida e morte, pois este filho já existe no psiquismo do casal, porém pode não se tornar real. A literatura aponta que a elaboração do fracasso é semelhante à elaboração do luto. 

A decisão pelo tratamento é outro ponto importante. O casal, frente à primeira tentativa, geralmente idealiza o resultado positivo e busca “ouvir” somente o que se refere a esta escuta, a fim de se defenderem da possibilidade de fracasso. Já o casal que viveu algum resultado negativo, poderá apresentar expectativas diversificadas, relacionadas à experiência anterior. 

Outras questões surgem neste âmbito: a privacidade do casal é invadida pelo tratamento, a rotina é completamente modificada. Portanto, é importante que os envolvidos tenham atenção frente a tais sentimentos e busquem juntos alternativas para conviverem com esta realidade, minimizando maiores danos em suas vidas, porém enfrentando juntos a busca pelo tão desejado filho.

*** 
*Ana Rosa Detilio Mônaco é psicóloga. Participou como especialista convidada do Papo de Mãe sobre Infertilidade, exibido em 26.08.2012. Contato: anarosapsi@terra.com.br.


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*Por Dr. Edward Carrilho


Causas de Infertilidade e seu tratamento

Infertilidade é definida como a incapacidade do casal obter uma gestação após o mínimo de um ano sem uso de métodos contraceptivos. Em outras palavras, um casal que não esteja evitando uma gravidez e não engravida após um ano de tentativas deve-se suspeitar de infertilidade. A infertilidade não é rara, afetando 8 a 15 % dos casais. As causas de infertilidade são muitas e deve ser encarada como um problema conjugal, pois pode afetar igualmente homens e mulheres.
 

Principais causas de infertilidade

As causas podem ser masculinas, e se apresenta como alteração do espermograma (exame simples onde podemos avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozoides). As causas masculinas são responsáveis por metade das causas de infertilidade conjugal. Muitos fatores podem afetar a qualidade dos espermatozóides, como: varicocele (dilatação das veias da bolsa escrotal), infecções (que podem acometer os testículos ou próstata), alterações hormonais (como tireoide, hipófise, suprarrenal), cromossômicas e genéticas.

Entre as causas femininas podemos citar:
- Endometriose, que é a presença de tecido endometrial (aquele que reveste o interior do útero) localizado fora do útero, geralmente em pelve, próximo aos ovários e trompas. A endometriose causa uma inflamação e dificulta a fertilidade por muitos mecanismos.

- Síndrome dos ovários policísticos, alteração ovulatória mais comum na mulher, afetando aproximadamente 10% destas. Pode ocorrer irregularidade menstrual, acne, aumento de pêlos no corpo, aumento da insulina e pequenos cistos nos ovários.

- Alteração nas trompas, que podem variar de obstruções a aderências. As causas principais são infecções prévias, endometriose e antecedente de cirurgias pélvicas, ou mesmo ligadura ou laqueadura tubárea.

- Alterações uterinas, que podem ocorrer devido a pólipos, miomas, aderências uterinas, infecções, antecedentes cirúrgicos (curetagens, partos) são causas menos frequentes, mas não menos importantes.

O casal com dificuldade para engravidar deve procurar um especialista em reprodução humana que fará uma avaliação clínica completa e através de exames específicos poderá encontrar a causa do problema e decidir pela melhor opção de tratamento para o casal.
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* Dr. Edward Carrilho é ginecologista e especialista em reprodução humana, da Clínica Engravida. Participou da reportagem de Rosangela Santos para o Programa Papo de Mãe sobre o tema Infertilidade, exibido em 26.08.2012.

Mini Currículo

Dr. Edward Carrilho - Graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo; Residência Médica em Ginecologia e obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo; Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia; Especialização em Reprodução Humana pela Universidade Federal de São Paulo; Formação em Ultrassonografia pelo Centro de Treinamento em Ultrassonografia CETRUS.




2 comentários:

  1. Bom dia

    Tenho endometriose,descobri há sete anos que tenho esse problema,na qual tive uma gestação tubario estava com 8 semanas de gestação e o embrião vivo,na qual onde descobri que tinha endometriose,mas devido a gravidez ectópica e ter muita hemorragia, teve que tirar o embrião e a outra trompa devido a hemorragia dilatou,ficou do tamanho de uma laranja e obstruiu.Hoje só posso engravidar por fertilização in vitro.Estava tomando para o tratamento a medicação Allurene e para dor a codeína.E consulta pelo estado é muito difícil, demorei quase dois anos para conseguir um consulta no hospital da mulher no Rio de Janeiro,e cada ressonância demora um ano ou mais.Por causa das dores não consigo trabalhar e eu não gosto de ficar parada, estou me separando, dificilmente homem entende,dificilmente homem segura esse fardo com a mulher.Faço terapia co psicólogo,é tanta dor,tanta tristeza e pra variar estou com cálculo renal.As vezes penso em deixar de viver,não aguento mais ,tanta coisa ruim.

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  2. Oi querida Bianca, creio de verdade que tudo passa, aguenta firme e vamos seguindo de mãos dadas. Com certeza conseguiremos a vitória.
    Aguenta firme, estamos lutando. Grande abraço

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